2.12.04

Histórias de um loser parte II - o andarilho do short marrom

Hoje é quinta feira de madrugada, e como prometido, mais uma história do pequeno laN. Dessa vez os pais do pequeno laN inventaram de passar uma semana em um lugar mais fera-tosco do mundo, a Ilha do Mel. Porque fera-tosco? Fera porque realmente é um lugar bonito e vale a pena fazer uma visita acompanhado de uma gata. Tosco porque é um lugar onde para ver as coisas feras, tem que acordar de madrugada, e para a família do pequeno laN, acordar antes da 1 da tarde em dias de férias é madrugar, além dos insetos fósseis de 10 cm que mordem forte para caralho. Ah, e do misto quente de 8 pilas do hotel picareta de la.
Mas o fresultado da little laN Ilha do Mel tour foi que da 1 semana prevista, ficamos 2 dias. E, milagre, acordamos cedo no dia anterior, graças à chuva torrencial que caiu de madrugada anterior e à maldita janela do quarto da pousada da Frida, que não fechava.
Então fomos indo para o local onde o barco ia buscar a povo. Ficava perto, uns 8 km a pé debaixo de um sol de inacreditáveis 39 graus. Aí, foram percebendo que o pequeno laN ia andando devagar lá atrás. A mãe dele falava, vamos logo, filho, e ele respondia" não dá". Chegando no barco, com ele quase indo embora, os pais do pequeno laN olharam ele chegando um pouco depoiscolorido com a bermuda apresentando um tom diferente de marrom, o que era estranho, considerando que a bermuda era azul e branca. Mas o que entregava o acontecimento era o filete que caia pela perna e tingia a meia branca, e o cheiro, e a alomeração de moscas de 10 cm perto do moleque.
O que aconteceu, na verdade, foi uma das maiores crises de diarreia da vida do pequeno laN, e não dava para parar a caminhada, pois senão perderiamos o barco, e aí só dia seguinte. Então, o pequeno laN fez uma pintura nas calças mesmo e continuou indo, tranquilo, carregando sua malinha, só que devagar para ninguém perceber. E deu certo, apesar da segregação com o moleque no barco, ele ficava sozinho na popa, e o resto dos turistas ficavam na proa, dependendo da direção do vento.
Final da história, o pequeno laN tomou um banho de torneira de um banheiro de um bar, já no continente, não o pergunte como, e voltou tranquilo a São Paulo, onde, no mesmo dia, foi jantar numa churrascaria rodizio.